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quinta-feira, 10 de maio de 2012

É o mensalão, estúpido. O brindeiro tem razão

POLÍTICA.com

O brindeiro Gurgel é assim: ele acerta o diagnóstico e erra na terapia.
Ao sentar em cima da Operação Vegas ele “acertou” o diagnóstico.
Lá dentro estava o poderoso Senador Demóstenes, o Catão do Cerrado, importante eleitor na hora de escolher ou reconduzir um Procurador Geral da República.
O Catão era o queridinho do PiG (*).
Diagnóstico perfeito.
No Palocci, no Orlando Silva, na licitação da Copa, o brindeiro esteve sintonizado com o PiG (*) de forma quase automática.
O problema do brindeiro é a terapia.
No caso da Operação Vegas, a terapia pode levar à suspeita de “prevaricação”.
Nesta quarta-feira, na extravagante entrevista – clique aqui para ler “Brindeiro desafia o Congresso e se protege com o mensalão” -, brindeiro, de novo, errou na hora de aplicar o tratamento.
Desafiar o Congresso e dizer que o Senador Fernando Collor tem medo do mensalão equivale a dizer que o Cerra tem medo do PiG (*).
Como se sabe, Collor tomou a dianteira na CPI e quer ter uma conversinha com o Gurgel e o Robert(o).
Não há notícia de um Procurador Geral da República que se tornasse suspeito de prevaricação e desafiasse o Congresso para se salvar.
Viva o Brasil !
Mas, no diagnóstico, o brindeiro acertou em cheio.
É o mensalão, mesmo, o que está em jogo, amigo navegante.
Porque, lá dentro, nas vísceras dessa CPI, está a revelação de que foram Demóstenes e Cachoeira que armaram para derrubar o José Dirceu e criar o mensalão, como demonstrou a TV Record, ao melar o mensalão.
(Depois, com os áudios do Cachoeira, a Record incriminou o Robert(o) Civita de forma inequívoca.)
O brindeiro tem razão, sim, porque dentro da CPI se perceberá com nitidez o que, aqui, se mostrou:“Demóstenes, Robert(o) e Cachoeira se uniram para derrubar o Lula e dar o Governo ao Cerra”.
A oposição e seu braço armado, o PiG (*), não podem viver dessa “crise inflacionária” que, hoje, inflama os Urubólogos.
Isso é “nuvem passageira”.
A última linha de resistência do PiG (e sua risível expressão no Congresso) é o mensalão.
(Aqui pra nós, amigo navegante, o Álvaro Dias como porta-voz da Moralidade é, no mínimo, uma agressão ao bom senso. Ele tem o “gravitas” de uma pena de pardal.)
Logo, condenar o José Dirceu.
Se o Supremo não condenar o Dirceu, o Merval corta os pulsos e vai sujar o fardão.
Diga, aí, amigo navegante, uma única ideia que possa mover a Oposição em 2014.
Um único sopro de inovação.
Uma alternativa ao programa trabalhista do Nunca Dantes e da JK de Saias.
Zero.Nada.
Da usina da Oposição não sai fumaça.
O que mantem a Oposição viva é o PiG.
E o PiG tem a faca nos dentes: quer a cabeça do Dirceu.
Levar o Dirceu para os debates de 2014, como o Padim Pade Cerra, por fora, levou o Dirceu em 2010.
Por dentro, os Brucutus tratavam do aborto (no Chile, pode).
O Conversa Afiada concorda com o Vander, e gostaria de ver o Supremo votar logo o mensalão.
E quer ver o Supremo condenar o Dirceu.
Em tempo: o deputado Cândido Vacarezza parece dar ao PT uma voz mais firme. Ele também quer ter uma conversinha com o Gurgel. Vamos ver se ele engrossa a voz com o Robert(o) e na CPI da Privataria.
Em tempo2: o PiG (*) está felicíssimo porque o STF conferiu cinco horas ao brindeiro Gurgel para acusar o Dirceu no julgamento do mensalão. Como se sabe, o discurso de Gettysburg, que entrou para a História da Civilização e ajudou Lincoln a ganhar a Guerra Civil, durou dois minutos. Se duração de discurso ganhasse a guerra, o Fidel tinha conquistado a Flórida.
Fonte  - Paulo Henrique Amorim - Conversa Afiada 10/05/2012

sábado, 3 de março de 2012

Demóstenes Torres: demo “ético” caiu

Por Altamiro Borges

A revista Época, que sempre deu generosos espaços para o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) posar de paladino da ética, acaba de perder mais um entrevistado. O demo foi flagrado em suas intimas relações com um dos maiores corruptos do país, o famoso Carlinhos Cachoeira. O próprio sítio da revista confirmou ontem a denuncia. Só falta agora sair no Jornal Nacional da TV Globo. Será?
Vale à pena conferir trechos da reportagem de Andrei Meirelles e Marcelo Rocha, que deve ter decepcionado os filhos de Roberto Marinho. Quem as Organizações Globo irão entrevistar agora? Todos os “éticos” da direita estão sendo defenestrados.
*****
Na quarta-feira (29), a Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo, com a prisão do empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e dezenas de policiais civis e militares, acusados de envolvimento na exploração ilegal de máquinas caça-níqueis em Goiás e na periferia de Brasília...
Segundo a apuração da PF, Carlinhos Cachoeira mantinha forte influência na política goiana. Nas cerca de 200 horas de gravações telefônicas, captadas com ordem judicial, Cachoeira conversa com freqüência e intimidade com deputados federais de vários partidos e com o senador goiano Demóstenes Torres, líder do DEM no Senado Federal.
De acordo com os investigadores, em julho do ano passado Carlinhos Cachoeira deu um generoso presente de casamento para o senador goiano: uma cozinha completa. Época ouviu Demóstenes. O senador confirma ter recebido um fogão e uma geladeira do casal Cachoeira. “Sou amigo dele há anos. A Andressa, mulher dele, também é muito amiga da minha mulher”, diz Demóstenes.
Segundo o senador, Cachoeira mantém conversa também com políticos de todas as tendências em Goiás. “Depois do escândalo Waldomiro Diniz, eu pensei que ele tivesse abandonado a contravenção, e se dedicasse apenas a negócios legais”, afirma Demóstenes. “Para mim, foi uma surpresa as revelações feitas por essa operação da Polícia Federal”.
A desculpa esfarrapada
A reportagem também aponta que o “empresário de jogos” operava no governo tucano de Goiás. “Entre os presos na Operação Monte Carlo, o ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Wladimir Garcez, era interlocutor freqüente do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Segundo investigadores, Garcez trocou dezenas de torpedos pelo celular com o governador”.
Todos os envolvidos nas denúncias da PF agora tentam tirar o corpo fora. A desculpa mais esfarrapada, porém, foi a do líder dos demos no Senado: “Eu pensei que ele tivesse abandonado a contravenção, e se dedicasse apenas a negócios legais”. O paladino da ética, que ganhou os holofotes da mídia com suas falsas campanhas moralistas, diz desconhecer a atuação do mafioso. É hilário!
Um mafioso com muito poder
De acordo com as primeiras revelações da Operação Monte Carlo, Carlinhos Cachoeira explorava uma rede de caça-níqueis e de cassinos ilegais em cinco estados brasileiros. Os seus cassinos em Goiânia e Valparaíso, nas cercanias de Brasília, rendiam cerca de R$ 3 milhões por mês, segundo os procuradores Daniel de Resende Salgado, Lea Batista de Oliveira e Marcelo Ribeiro de Oliveira.
Além disso, o bicheiro preso mantinha jornalistas na sua folha de pagamento, possuía uma rede de espionagem ilegal e nomeou integrantes no governo tucano de Marconi Perillo. Segundo o juiz da 11ª Vara Criminal da Justiça Federal de Goiás, “descobriu-se a influência de Carlos Cachoeira na nomeação de dezenas de pessoas para ocupar funções públicas no Estado de Goiás”.
A “inocência” dos paladinos da ética
Carlinhos Cachoeira ganhou os holofotes da mídia no primeiro mandato do ex-presidente Lula. Na época, ele liderava a campanha de bastidores pela liberação dos bingos. Num vídeo que ficou famoso, ele aparece com Waldomiro Diniz, ex-subchefe da Casa Civil, num flagrante de suborno. A mídia deu ampla repercussão para o caso.
Será que agora ela dará o mesmo tratamento à Operação Monte Castelo, que envolve o demo “ético” Demóstenes Torres e o tucano Marco Perillo? Ou será que a mídia demotucana também acha, como o inocente senador, que o “empresário de jogos” havia “abandonado a contravenção”. Postado por Miro. Fonte - Blog do Miro 03/03/2012