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terça-feira, 6 de outubro de 2015

PGR pede ao Supremo abertura de inquérito para investigar senador Agripino Maia

Política

Arquivo/Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
De acordo com a PGR, o senador José Agripino Maia (DEM-RN) é acusado de receber dinheiro da empreiteira OAS nas obras da Arena das Dunas, em Natal

Andre Richter 
Repórter da Agência Brasil
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu hoje (5) ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito para investigar o senador José Agripino Maia (DEM-RN) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com a procuradoria, o parlamentar é acusado de receber dinheiro da empreiteira OAS nas obras da Arena das Dunas, em Natal, estádio construído para Copa do Mundo de 2014.
As suspeitas surgiram em depoimentos de investigados na Operação Lava Jato, mas a PGR pediu que o inquérito não seja remetido ao ministro Teori Zavascki, relator dos processos oriundos da operação no Supremo. Para a procuradoria, as acusações não estão relacionadas com os desvios de recursos da Petrobras, principal linha de investigação da Lava Jato.
Após ser informação do pedido de abertura de inquérito, o senador Agripino Maia disse que a acusação é absurda, inverídica e descabida. O parlamentar se colocou à disposição do Judiciário para prestar esclarecimentos. A Agência Brasil entrou em contato com a OAS, mas as ligações não foram atendidas.
Fonte - Agência Brasil   06/10/2015

sábado, 3 de março de 2012

Demóstenes Torres: demo “ético” caiu

Por Altamiro Borges

A revista Época, que sempre deu generosos espaços para o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) posar de paladino da ética, acaba de perder mais um entrevistado. O demo foi flagrado em suas intimas relações com um dos maiores corruptos do país, o famoso Carlinhos Cachoeira. O próprio sítio da revista confirmou ontem a denuncia. Só falta agora sair no Jornal Nacional da TV Globo. Será?
Vale à pena conferir trechos da reportagem de Andrei Meirelles e Marcelo Rocha, que deve ter decepcionado os filhos de Roberto Marinho. Quem as Organizações Globo irão entrevistar agora? Todos os “éticos” da direita estão sendo defenestrados.
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Na quarta-feira (29), a Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo, com a prisão do empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e dezenas de policiais civis e militares, acusados de envolvimento na exploração ilegal de máquinas caça-níqueis em Goiás e na periferia de Brasília...
Segundo a apuração da PF, Carlinhos Cachoeira mantinha forte influência na política goiana. Nas cerca de 200 horas de gravações telefônicas, captadas com ordem judicial, Cachoeira conversa com freqüência e intimidade com deputados federais de vários partidos e com o senador goiano Demóstenes Torres, líder do DEM no Senado Federal.
De acordo com os investigadores, em julho do ano passado Carlinhos Cachoeira deu um generoso presente de casamento para o senador goiano: uma cozinha completa. Época ouviu Demóstenes. O senador confirma ter recebido um fogão e uma geladeira do casal Cachoeira. “Sou amigo dele há anos. A Andressa, mulher dele, também é muito amiga da minha mulher”, diz Demóstenes.
Segundo o senador, Cachoeira mantém conversa também com políticos de todas as tendências em Goiás. “Depois do escândalo Waldomiro Diniz, eu pensei que ele tivesse abandonado a contravenção, e se dedicasse apenas a negócios legais”, afirma Demóstenes. “Para mim, foi uma surpresa as revelações feitas por essa operação da Polícia Federal”.
A desculpa esfarrapada
A reportagem também aponta que o “empresário de jogos” operava no governo tucano de Goiás. “Entre os presos na Operação Monte Carlo, o ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Wladimir Garcez, era interlocutor freqüente do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Segundo investigadores, Garcez trocou dezenas de torpedos pelo celular com o governador”.
Todos os envolvidos nas denúncias da PF agora tentam tirar o corpo fora. A desculpa mais esfarrapada, porém, foi a do líder dos demos no Senado: “Eu pensei que ele tivesse abandonado a contravenção, e se dedicasse apenas a negócios legais”. O paladino da ética, que ganhou os holofotes da mídia com suas falsas campanhas moralistas, diz desconhecer a atuação do mafioso. É hilário!
Um mafioso com muito poder
De acordo com as primeiras revelações da Operação Monte Carlo, Carlinhos Cachoeira explorava uma rede de caça-níqueis e de cassinos ilegais em cinco estados brasileiros. Os seus cassinos em Goiânia e Valparaíso, nas cercanias de Brasília, rendiam cerca de R$ 3 milhões por mês, segundo os procuradores Daniel de Resende Salgado, Lea Batista de Oliveira e Marcelo Ribeiro de Oliveira.
Além disso, o bicheiro preso mantinha jornalistas na sua folha de pagamento, possuía uma rede de espionagem ilegal e nomeou integrantes no governo tucano de Marconi Perillo. Segundo o juiz da 11ª Vara Criminal da Justiça Federal de Goiás, “descobriu-se a influência de Carlos Cachoeira na nomeação de dezenas de pessoas para ocupar funções públicas no Estado de Goiás”.
A “inocência” dos paladinos da ética
Carlinhos Cachoeira ganhou os holofotes da mídia no primeiro mandato do ex-presidente Lula. Na época, ele liderava a campanha de bastidores pela liberação dos bingos. Num vídeo que ficou famoso, ele aparece com Waldomiro Diniz, ex-subchefe da Casa Civil, num flagrante de suborno. A mídia deu ampla repercussão para o caso.
Será que agora ela dará o mesmo tratamento à Operação Monte Castelo, que envolve o demo “ético” Demóstenes Torres e o tucano Marco Perillo? Ou será que a mídia demotucana também acha, como o inocente senador, que o “empresário de jogos” havia “abandonado a contravenção”. Postado por Miro. Fonte - Blog do Miro 03/03/2012