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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

A guerra titânica da mídia oposicionista

Política


“A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação. E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo”.
Maria Judith Brito, Presidente da Associação Nacional de Jornais, no jornal O Globo de 18/3/2010. É funcionária da Folha de São Paulo.

Por Jeferson Miola, no site da Fundação Perseu Abramo:
O acidente com o candidato do PSB criou uma nova circunstância eleitoral. Mas não significa – como tentam sugerir analistas, oposição e mídia –, que tenha se iniciado uma “nova eleição”.
Marina Silva não é novidade; sempre figurou no radar eleitoral. Ao fracassar na criação da Rede, se juntou ao PSB para ser vice de Campos. Se tivesse conseguido criar seu partido, não seria sua vice, inclusive disputaria contra ele a ida para o segundo turno.
A candidatura de Marina aponta para a probabilidade estatística, ainda incerta, de ocorrência de dois turnos na disputa presidencial. As sondagens indicavam a vitória direta da Dilma já no primeiro turno; e esta ainda segue sendo uma hipótese plausível.
Marina não é, em razão disso, o fator de maior transcendência na conjuntura. O aspecto mais transcendente nessa nova circunstância eleitoral é o realinhamento estratégico da mídia operado a partir da trágica morte de Eduardo Campos.
Mídia e política são dois âmbitos interdependentes, imbricados, e se retroalimentam. A política enuncia, no espaço da mídia, o debate público que estrutura a disputa de poder, de hegemonia, de rumos e interesses societários.
A mídia, por outro lado, agenda a política e “inocula” na arena da política as tensões e disputas que intenciona ver processadas no debate público, segundo os interesses conjunturais ou estratégicos.
A mídia exerce um ativismo político exacerbado, característico de organizações partidárias. Por isso se diz da existência do PIG [Partido da Imprensa Golpista]. O PIG do Brasil tem longínqua participação em táticas desestabilizadoras: foi decisivo no suicídio de Getúlio Vargas e na ambientação da derrubada do Jango para a instalação da ditadura cívico-militar.
A simbiose mídia-oposição é irrefutável. No período dos governos Lula e Dilma, os principais debates ou escândalos políticos não foram gerados pela oposição partidária ou congressual, porque foram antes agendados pela mídia oposicionista.
Esse papel fica bem ilustrado nas palavras da Executiva da Folha de São Paulo e presidente da ANJ: “esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada”.
A direita está sem discurso, sem base social e sem capacidade de oferecer perspectivas de futuro para o país. Em vista disso, a mídia se assume como vanguarda na oposição odiosa ao PT.
Depois de ver fracassarem todas suas profecias apocalípticas – crise energética, fiasco na Copa, descontrole inflacionário, recessão, desemprego, ... –, a mídia então fabricou a onda de pessimismo; é a moda do momento.
O acidente aéreo apareceu como uma chance de ouro numa eleição que tinha tudo para ser perdida no primeiro turno. Foi fundamental, então, super-explorar emocionalmente o acidente, para provocar profunda consternação na sociedade – foi o que se assistiu com a espetacularização da morte e a glorificação do morto.
Não teve luto no sentido literal da palavra. Desde a confirmação do acidente até o sepultamento dos corpos, a política reinou absoluta no palco da tragédia, num espetáculo contracenado pela família, correligionários, oposição e mídia. No script, até vaias para Dilma e Lula em pleno velório!
A cobertura midiática reforçou os dispositivos simbólicos identificados com o ideário oposicionista. O slogan “não vamos desistir do Brasil”, pinçado pelo William Bonner da entrevista de Campos ao Jornal Nacional, foi dotado de conotação mudancista e traduzido como “legado” a ser continuado por Marina, que passou a encarnar a aposta supersticiosa e messiânica.
Essa carga propagandística, entretanto, tem prazo de validade. Passada a ressaca emocional, a racionalidade tomará o lugar do emocionalismo lúgubre. A lógica vai desmistificar a fantasia da terceira via; Marina é um ramal ideológico do mesmo conservadorismo do Aécio: programa e equipe econômica neoliberal e alianças com o PSDB e PPS.
Além disso, o programa gratuito servirá para Dilma fazer contraposição à brutal oposição que sofre dos meios de comunicação. Dilma conseguirá finalmente mostrar ao povo brasileiro o novo e generoso Brasil que é protegido da crise mundial, que se desenvolve com pleno emprego, igualdade e justiça social; mas que incrivelmente não é retratado pela Rede Globo, Folha de São Paulo, Estadão, RBS e grupos midiáticos conservadores.
Seria ingenuidade pueril não imaginar o clima de guerra e terrorismo que poderá ser armado pela mídia contra Dilma, Lula e o PT. A cada artilharia fracassada da mídia e da direita no seu propósito de “arrancar o PT do poder”, outro arsenal ainda mais destrutivo será inventado.
Existem sinal de tensões graves no ar. A postura desequilibrada e truculenta – para não dizer delinquente – do William Bonner na entrevista da Dilma no Jornal Nacional mostra que a Rede Globo afia as armas, multiplica o arsenal bélico e organiza o exército conservador.

Alerta total: no ar, a Rede Globo de 1989, numa guerra titânica contra o PT.

* Jeferson Miola é integrante do Instituto de Debates, Estudos e Alternativas de Porto Alegre (Idea), foi coordenador-executivo do 5º Fórum Social Mundial
Fonte - Do Blog do Miro (Altamiro Borges)  22/08/2014

terça-feira, 8 de maio de 2012

Sete mentiras da revista Veja

Do sítio da União da Juventude Socialista (UJS):
Em nossa cultura cada número tem um significado, são ditos populares que expressam características de uma pessoa ou uma superstição. No caso da revista veja o número 7 – número do mentiroso – é o que melhor lhe cabe.
O portal da UJS levantou sete casos em que a revista Veja inventou fatos e forjou provas, sempre com o intuito de prejudicar algum desafeto, mas, jamais com intuito de fazer aquilo que o bom jornalismo prega, investigar, informar e garantir o direito ao contraditório em suas matérias.
1. "Escola dos Horrores"
Em 1994 Veja publica matéria em que acusa donos de uma escola no bairro da Aclimação de praticar abusos sexuais contra crianças, o caso ficou famoso em todo o país, a escola foi depredada e fechada, algum tempo depois se provou que as acusações feitas pela revista eram infundadas, o Estado foi obrigado a pagar uma indenização, mas, a imprensa fez-se de desentendida e nem se quer uma autocrítica publicou;
2. “Tentáculos das Farc no Brasil”
Em março de 2005 a matéria de Veja tenta provar suposta relação do movimento guerrilheiro colombiano com o comando da campanha do ex-presidente Lula e vai além, a revista afirma ter acessos a documentos secretos – desta maneira não apresenta nenhuma prova, pois, são documentos “secretos” – de que as Farc teriam feito uma doação de cinco milhões de dólares para a campanha presidencial de Lula. O ministério público fez investigação e nada foi provado. Como é de costume da revista, esta matéria seria mais uma tentativa de prejudicar o então candidato Lula, desafeto de longa data de Roberto Civita, dono da revista;
3. “Os dólares de Cuba para a campanha de Lula”
Esta matéria foi publicada em 2005 durante a campanha presidencial. Sem nenhuma prova concreta ou algo que valha Veja afirma com todas as letras: “Entre agosto e setembro de 2002, o comitê eleitoral de Lula recebeu 3 milhões de dólares vindos de Cuba. Ao chegar a Brasília, por meios que VEJA não conseguiu identificar”. Sempre de maneira dissimulada, sem apresentar nenhuma prova e mesmo admitindo não saber de todos os fatos, publica-se matéria de capa com acusações estapafúrdias que até hoje não foram comprovadas;
4. “Parece Milagre”
Em setembro de 2011 veja publica matéria de sete páginas (o número da mentira) para falar de um remédio para emagrecimento, na matéria a revista faz elogios ao remédio e cita o nome do emagrecedor como que fazendo uma propaganda do produto, entretanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) havia limitado o uso do remédio, a agência diz expressamente em um dos seus relatórios que “o uso do produto... caracteriza elevado risco sanitário para a saúde da população”. De maneira irresponsável Veja colocou em risco a vida de seus leitores com o objetivo único de se beneficiar;
5. "José Dirceu mostra que ainda manda em Brasília"
Em agosto de 2011 Veja publica matéria conseguida de maneira pitoresca, tentando provar que o ex-ministro José Dirceu ainda tem poderes no governo e no Partido dos Trabalhadores – que até então nada tem de ilegal –. Um jornalista invade o hotel onde o ex-ministro se hospedara e fazia reuniões com correligionários, na invasão o jornalista tenta violar o quarto do ex-ministro no intuito de forjar provas, não tendo sucesso o mesmo roubou imagens do circuito interno de TV do hotel. O responsável pela segurança do hotel registrou ocorrência em uma delegacia de Brasília e até hoje nada foi feito para que se punisse a atitude criminosa da revista e de seu jornalista;
6. “Militante do PCdoB acusa Orlando Silva de montar esquema de corrupção”
Na reportagem de quinze de outubro de 2011 Veja acusa o ex-ministro dos esportes Orlando Silva de montar um grande esquema de corrupção. A revista utiliza como fonte um policial militar do distrito federal que dirigia uma ONG e havia sido condenado pelo ministério e pelo Tribunal de Contas da União a devolver recursos ao próprio ministério dos esportes por falta de prestação de contas. A tal fonte não podia mesmo ser de todo confiável, pois, estava em litígio com o ministério dos esportes e apresentava patrimônio muito acima de seus rendimentos. O Policial João Dias com ajuda da revista Veja afirmou que o ministro recebera dinheiro na garagem do ministério e que tinha provas, entretanto, as provas nunca foram apresentadas, o policial encontra-se preso e a revista fez-se de desentendia;
7. “Só nos sobrou o Supremo”
Em oito de junho de 2011 veja entrevista o senador Demóstenes Torres e o apresenta como um parlamentar combativo e honesto. A entrevista revelou-se recentemente como uma manobra de Veja para ajudar o senador em sua empreitada de estabelecer uma boa imagem de sua figura como um dos últimos homens honestos no senado federal. Recentemente a prisão do contraventor Carlinhos Cachoeira mostrou uma relação íntima do senador com o bicheiro, jogando por terra a imagem de homem probo, entretanto, gravações da Polícia Federal revelaram que a revista Veja também tinha relações íntimas com o bicheiro e sabia das relações do próprio parlamentar com o bando criminoso de Carlinhos Cachoeira. Ora se a revista sabia da relação do parlamentar com um grupo criminoso e, também se relacionava com os contraventores como pode levar seus leitores ao engano produzindo uma entrevista que ajudava um criminoso a se beneficiar eleitoralmente? São questões que precisam ser esclarecidas.
Ato para exigir #CivitanaCP
Nesta terça-feira dia, oito de maio, a União da Juventude Socialista realizará um ato político na porta da Editora Abril para denunciar os crimes cometidos pela revista Veja e seu proprietário, o empresário Roberto Civita.
O ato ocorrerá as 15h00 na Rua Sumidouro 747 no Bairro de Pinheiros, onde fica a sede da Editora Abril. Ao mesmo tempo será realizado um tuitaço com a hashtag #CivitanaCPI, para mobilizar também as redes sociais a denunciar as práticas criminosas da revista.Postado por Miro.
Fonte - Blog do Miro 08/05/2012