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quinta-feira, 10 de julho de 2014

Justiça quer explicação do Metrô sobre reforma de trens de SP

São Paulo


O Ministério Público Estadual aponta supostos danos causados ao Tesouro na reforma de 98 trens das Linhas 1 (Azul) e 3 (Vermelha)

Fausto Macedo - Estadão
São Paulo - A Justiça pediu ao Metrô que se manifeste na ação em que o Ministério Público Estadual aponta supostos danos causados ao Tesouro na reforma de 98 trens das Linhas 1 (Azul) e 3 (Vermelha) e pede indenização de R$ 2,49 bilhões.
A 14.ª Vara da Fazenda Pública enviou um rol de indagações ao Metrô, inclusive sobre os motivos que levaram a companhia a contratar a reforma dos trens ao invés de comprar unidades novas. Segundo a Promotoria, a reforma - contratada em 2009, governo José Serra, do PSDB - saiu "mais cara do que a compra de trens novos".
A Justiça também pediu informações ao Tribunal de Contas do Estado e ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão antitruste do governo federal.
O Metrô assinalou que a medida não significa que a Justiça acolheu a ação de improbidade proposta pelo Ministério Público contra três ex-dirigentes da companhia e 11 multinacionais do cartel dos trens - na ação, a Promotoria pede a dissolução das multinacionais, bloqueio de bens e a quebra do sigilo bancário e fiscal dos acusados.
A Lei da Improbidade prevê que o juiz mandará autuar a ação e ordenará a notificação do acusado para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de 15 dias.
Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de 30 dias, "em decisão fundamentada", rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade ou da improcedência da ação. Ou, recebida a petição inicial da Promotoria, "será o réu citado para apresentar contestação".
A ação que indica prejuízos ao Tesouro na reforma de 98 trens foi proposta em maio pela Promotoria que pediu liminarmente a anulação dos contratos e o bloqueio dos bens dos acusados além da quebra do sigilo fiscal e bancário.
O cartel dos trens foi revelado em maio de 2013 pela Siemens em acordo de leniência com o Cade, órgão antitruste do governo federal.
A multinacional alemã apontou cinco contratos do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e também um contrato do Metrô do Distrito Federal, todos firmados no período entre 1998 e 2008.
O projeto de reforma e modernização das Linhas 1 e 3 do Metrô não está entre os seis apontados no acordo de leniência da Siemens e o Cade.
Esse projeto foi incluído na investigação pelo órgão antitruste do governo federal após análise de documentos apreendidos em 18 empresas no dia 4 de junho de 2013.
Em março de 2014, o Ministério Público Estadual denunciou criminalmente 30 executivos de 12 empresas por cartel no âmbito de contratos da CPTM e do Metrô. Depois, a Promotoria incluiu outros quatro executivos nas denúncias por cartel.
Os contratos das Linhas 1 e 3 ainda estão vigentes. Em janeiro a promotoria pediu ao Metrô que os suspendesse. "A reforma saiu mais cara do que se tivessem comprado trens novos", acusa o promotor de Justiça Marcelo Milani.
Para o promotor, houve conluio entre as empresas, que teriam dividido lotes e definido os vencedores da licitação. Ele calculou o montante de R$ 2,49 bilhões para indenização pela soma do valor dos contratos mais multa de R$ 576 milhões, equivalente a 30% do total.
Quando propôs a ação, o promotor de Justiça Marcelo Milani declarou que "está na hora de o Estado deixar de ter dono". Segundo Milani, "São Paulo fica de joelhos para as empresas multinacionais".
"Quando (o Estado) vai deixar de fazer tudo o que elas querem? Quando vamos deixar de ser colonizados? Elas (as multinacionais) vêm aqui, arregaçam e vão sair ilesas, impunes?", questionou.
O Metrô não se manifestou sobre o pedido de informações da Justiça. A alegação da companhia é que o pedido não significa que a Justiça recebeu a ação de improbidade proposta pela Promotoria.
Fonte - STEFZS  10/07/2014

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Nova colisão de trens em SP expõe riscos do sistema... Propinoduto Tucano

Transportes sobre trilhos

A colisão entre um trem de cargas da MRS e outro de passageiros da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) ocorrida na manhã dessa quarta (18) na entrada da estação de Franco da Rocha, na Região Metropolitana de São Paulo, é mais um evento provocado pelo que muitos chamam de “gestão mortal” do sistema ferroviário paulista.....

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Para Serra, metrô de Salvador é 'escândalo'; em SP, Estado foi 'vítima'

Sandro Freitas/ Evilásio Júnior - BN
Fotos: Sandro Freitas/ Bahia Notícias
O ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), criticou, em entrevista à imprensa nesta terça-feira (6), as intermináveis obras do metrô de Salvador. Iniciado em 1999, o primeiro tramo da Linha 1 (Rótula do Abacaxi-Estação da Lapa) só funcionará a partir de 2014, quando for concluída a ligação com a Estação Pirajá, de acordo com a estimativa do governo do Estado – gestor do sistema há três meses –, que aponta um gasto de R$ 15 milhões em substituição de peças velhas. Para o tucano, o superfaturamento do modal soteropolitano em R$ 400 milhões, conforme análise do Tribunal de Contas da União – cujo indício de irregularidades motivou a manutenção da suspensão das obras –, é um "escândalo". "Eu não conheço esse relatório do TCU. Se for verdadeiro, Salvador coexiste com duas coisas: o superfaturamento e não ter a mercadoria, porque não tem metrô, o que é um absurdo completo em uma cidade do tamanho de Salvador ", apontou, ao estimar que "com RS 1 bilhão o metrô teria saído", exato valor já gasto. No entanto, confrontado pelo Bahia Notícias com a informação de que, na capital paulista, ele mesmo foi apontado como cúmplice em um suposto esquema de cartel na licitação com empresas fornecedoras do metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Serra foi menos ácido. "Se tem irregularidades, se teve realmente o conluio e etc., há todo o interesse do governo de São Paulo em saber, até para ser ressarcido dos prejuízos que isso teria causado. Se realmente houve isso, o Estado é vitima", amenizou, ao descartar o substantivo "cartel" do seu discurso.
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José Serra veio a Salvador conhecer projetos na área de Saúde desenvolvidos pelas Obras Sociais Irmã Dulce, ocasião em que destacou a "importância" dos trabalhos e aproveitou para reiterar as críticas ao programa Mais Médicos do governo federal. "Saúde se resolve com verbas e investimentos, não com efeito pirotécnico", disparou. Sobre o fato de, mesmo com o projeto, as vagas nas 700 cidades que não dispõem de profissionais não terem sido preenchidas, o tucano proferiu a tese de que faltam "boas condições de trabalho". "Se precisa de profissionais tem que resolver, mas não adianta querer levar os médicos para lá porque se precisa investir em infraestrutura completa", argumentou.Desprestigiado pela alta cúpula do seu partido na Bahia, o ex-presidenciável minimizou o fato. "Os dois deputados estaduais do partido [Adolfo Viana e Augusto Castro] estão aqui. O pessoal está trabalhando em Brasília. Se [os deputados federais] Jutahy [Magalhães Jr.] e [Antônio] Imbassahy estivessem aqui, vocês iam reclamar [risos]. Eu não vim para um encontro político", ponderou, ao esquecer dos chefes municipal e estadual da sua sigla, Sérgio Passos e José Carlos Fernandes, também ausentes, embora sem mandatos. Sobre as eleições de 2014, em que seria a aposta da natimorta Mobilização Democrática – extinta após desistência do PMN em fundir com o PPS –, José Serra culpou a imprensa por "precipitar o debate". "A discussão da eleição foi antecipada demais. Não vou falar sobre o meu futuro político agora", resumiu. Derrotado duas vezes na disputa pelo Palácio do Planalto (2002 e 2010), o ainda tucano é aguardado com um tapete vermelho para nova tentativa no PPS.
Fonte - Bahia Notícias  06/08/2013

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Monotrilho vai impactar áreas importantes de SP

Noticias Ferroviárias


G São Paulo - 19/04/2012

Quem anda pela Av. Roberto Marinho, na zona sul de São Paulo, percebe que ela começa a ficar com jeito de “em obras”. Pistas interditadas, máquinas para escavar, trabalhadores com coletes e capacetes apareceram nos últimos dias. Sobre a via, irá passar a única novidade importante no transporte público da cidade que será inaugurada antes da Copa do Mundo: a Linha 17 Ouro do monotrilho. O iG teve acesso a imagens que mostram como a obra irá impactar áreas relevantes da cidade, como a Ponte Estaiada e o Estádio do Morumbi.
A linha toda ligará a estação Jabaquara do Metrô ao Shopping Butantã, na Av. Francisco Morato. Mas, para a Copa, ficará pronto apenas o trecho entre o aeroporto de Congonhas e a Marginal Pinheiros, onde o monotrilho fará integração com a Linha 9 da CPTM. O Metrô promete entregar essa etapa em maio de 2014, um mês antes do evento. Essa ligação terá 7,7 km de extensão e oito estações: Jardim Aeroporto, Congonhas, Brooklin, Vereador José Diniz, Água Espraiada, Vila Cordeiro, Chucri Zaidan e Morumbi.
As outras “duas pontas” da Linha 17 Ouro – da Marginal Pinheiros ao Morumbi, do aeroporto ao Jabaquara – ficarão prontas depois de 2014 e dependem, além do Metrô, também da Prefeitura. O município é responsável pela construção de avenidas (a Perimetral, na altura da favela de Paraisópolis), parques lineares e urbanização de favelas (na Av. Roberto Marinho) que permitirão a conclusão da obra.
O monotrilho é um trem relativamente pequeno – menor que um metrô – e já opera em cidades dos EUA, Japão e vários outros países. Ele correrá sobre vigas de concreto a 15 metros do chão, mais ou menos a altura do terceiro andar de um prédio, suficiente para fazê-lo passar por cima das pontes que cruzam o trajeto. Os pilares que sustentam essas vigas ficarão, quase sempre, nos canteiros centrais das avenidas. Os vagões se movimentam com pneus de borracha sobre concreto, por isso, segundo o Metrô, são mais silenciosos que um trem comum – com rodas e trilhos de aço.
É fácil imaginar a diferença que a Linha 17 Ouro fará no transporte público. Orçada em R$ 3,2 bilhões, ela terá 18 estações e levará 250 mil pessoas por dia quando for inaugurada. Vai conectar três linhas do Metrô – a Azul, na estação Jabaquara, além das futuras linhas Lilás, no cruzamento com a Av. Santo Amaro, e Amarela, na Av. Francisco Morato. Também dará a São Paulo algo que outras grandes metrópoles possuem faz tempo: uma saída “sobre trilhos” do principal aeroporto da cidade.
Quando comparado ao Metrô, o monotrilho leva metade do tempo para ser construído e custa 60% da opção subterrânea, segundo os responsáveis pela obra. Ainda assim, tem boa capacidade – o monotrilho que está sendo construída na Zona Leste vai levar 42 mil passageiros por hora em cada direção, enquanto a Linha 2 Verde do Metrô leva 60 mil. Essa outra linha, diga-se, será o maior monotrilho do mundo em capacidade, e terá duas estações inauguradas no final do ano que vem.
Mas a Linha 17 Ouro causou alguma polêmica, devido ao impacto visual que trará a áreas nobres da capital paulista. O Metrô explica que não será um viaduto, mas vigas suspensas – ou seja, uma estrutura leve e que permitirá a passagem de luz do sol. “Além disso, o projeto de paisagismo, que inclui o plantio de muitas árvores para ‘disfarçar’ os pilares, será entregue junto com a obra”, afirma Eduardo Curiati, gerente do empreendimento da Linha 17 Ouro.
O Metrô também vai enterrar fios em alguns trechos, além de construir e recuperar calçadas em outros. “As compensações ambientais são bastante exigentes. Na Av. Roberto Marinho, por exemplo, onde teremos de remover 1.300 árvores, vamos plantar 13 mil na região [não somente na avenida]”, explica Curiati.
Além disso, o engenheiro garante que os trens terão um sistema que escurece o vidro quando o monotrilho passa próximo a prédios residenciais. A tecnologia, segundo Curiati, vai impedir que os passageiros vejam áreas privadas dos condomínios. Ele também afirma que em nenhum ponto o monotrilho passará a menos de 25 metros de edifícios. “Quando as pessoas conhecem melhor o projeto, perdem o medo do impacto visual e percebem que a avenida vai melhorar em muitos aspectos”, diz.
A Linha 17 Ouro é construída pelo Consórcio Monotrilho Integração, formado pelas empresas Andrade Gutierrez, CR Almeida, MPE e Scomi – essa última, sediada na Malásia, fornece os trens do trecho. Fonte - Revista Ferroviária 19/04/2012 (Pregopontocom)