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domingo, 14 de abril de 2013

Comerciantes protestam contra saída de mercado

Fernando Amorim | Ag. A TARDE
Raíza Tourinho
Protesto deste sábado foi pacífico, mas manifestantes prometem continuar lutando
Comerciantes do Mercado Municipal de Itapuã e lideranças comunitárias protestaram, neste sábado, 13, contra uma ordem de notificação para saírem do local. Expedida pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), na sexta-feira, 12, a notificação estabelece um prazo de cinco dias para que os 27 permissionários deixem os boxes, sob sanção de cassação do termo de permissão.
Segundo o líder comunitário Zelito Guimarães, em uma reunião realizada há 40 dias ficou definido, com o órgão, que os comerciantes seriam relocados para a Feira de Itapuã, durante a reconstrução do mercado. Só que o local ainda não comporta todos os comerciantes.
A titular da Semop, Rosemma Maluf, confirma que os comerciantes serão relocados, mas não há prazo definido para que a mudança aconteça. "Os boxes que estão lá (na Feira de Itapuã) não cabem todos".
De acordo com a secretária, a Desal está finalizando um estudo técnico para concluir a relocação e uma reunião para a apresentação do projeto está marcada para a próxima semana.
Segurança - Rosemma Maluf descarta, ainda, a possibilidade de se estender o prazo para a retirada dos permissionários do Mercado Municipal. Segundo ela, um laudo técnico emitido em fevereiro pela Codesal aponta o risco iminente de desabamento do mercado.
"Não podemos assumir esse risco. Estamos priorizando a segurança tanto dos permissionários, quanto dos clientes e transeuntes que passam pelo local", disse.
A secretária lembra que o desabamento parcial atingiu uma garota, que sofre com as sequelas, e entrou com um pedido de indenização contra a prefeitura.
"Não existe nenhuma intenção de prejudicar os permissionários. Infelizmente, quando assumimos a gestão já estava assim há meses. Estamos trabalhando para buscar uma solução o mais rápido possível", diz.
Situação - A manifestação realizada foi pacífica, mas os comerciantes prometem fechar o tráfego na Av. Dorival Caymmi e entrar com um processo na Justiça contra a prefeitura, caso a situação não seja resolvida. "Aqui não tem nenhum empresário. Eles querem que o povo sobreviva como?", questiona Zelito.
Um dos organizadores da manifestação, o vereador Vado Malassombrado prometeu tentar marcar uma reunião com o prefeito, segunda-feira, 16, para que as partes entrem em um acordo antes que o prazo expire.
Há mais de 40 anos no local, o permissionário João Batista da Paixão não sabe o que irá fazer se tiver mesmo que sair do local até quarta-feira. "Onde vou colocar todo esse material em tão pouco tempo? Não tenho outra fonte de renda nem dinheiro guardado", diz ele, que emprega outras sete pessoas.
"Todo mundo sabe que a gente vai sair. Mas fomos pegos de surpresa. O que não queremos é sair sem ter para onde ir", explicita o comerciante Antônio Bispo, há 35 anos no local.
Fonte - A Tarde 13/04/2013