domingo, 22 de julho de 2012

Brasil é o quarto país do mundo em recursos escondidos em parísos fiscais

POLÍTICA.com

Em um momento em que muitas das principais economias do mundo enfrentam duras medidas de austeridade, um estudo mostra que alguns poucos cidadãos continuam se dando ao luxo de manter suas fortunas intactas, longe das garras afiadas das autoridades tributárias.
A elite global super-rica somou pelo menos US$ 21 trilhões escondidos em paraísos fiscais até o final de 2010, segundo o estudo The Price of Offshore Revisited, escrito por James Henry, ex-economista-chefe da consultoria McKinsey, e encomendado pela Tax Justice Network.
A valor é equivalente ao tamanho das economias dos Estados Unidos e Japão juntas.
Segundo Henry,o valor é conservador e poderia chegar a US$ 32 trilhões.
O estudo também lista os 20 países onde há maior remessa de recursos para contas em paraísos fiscais. No topo da lista está a China, com US$ 1,1 trilhão, seguida por Rússia, com US$ 798 bilhões, Coréia do Sil, com US$ 798 bilhões, e Brasil, com US$ 520 bilhões (ou mais de US$ 1 trilhão).
'Perdas enormes'
James Henry usou dados do Banco de Compensações Internacionais, do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial e de governos nacionais.
Seu estudo trata apenas de riqueza financeira depositada em contas bancárias e de investimento, e não de outros bens, como imóveis e iates.
O relatório surge em meio à crescente preocupação pública e política sobre fraude e evasão fiscal. Algumas autoridades, inclusive na Alemanha, têm até pago para obter informações sobre supostos sonegadores de impostos.
Henry disse que o movimento de dinheiro dos super-ricos em todo o mundo é feito por 'facilitadores profissionais nas áreas de private banking e nas indústrias de contabilidade, jurídica e de investimento'.
'As receitas fiscais perdidas são enormes. Grandes o suficiente para fazer uma diferença significativa nas finanças de muitos países'.
Por outro lado, esse estudo é realmente uma boa notícia. O mundo acaba localizado a uma pilha enorme de riqueza financeira que pode ser chamada a contribuir para a solução dos nossos mais prementes problemas mundiais', disse ele.
'Escolha política'
John Christensen, diretor da Tax Justice Network, afirmou à BBC Brasil que as elites de países que hoje enfretam crises, mais especificamente a Grécia, têm uma longa tradição de envio de recursos para paraísos fiscais.
Segundo ele, os tributos que poderiam ser recolhidos sobre o dinheiro em paraísos fiscais seria 'mais do que suficiente para manter os serviços públicos e erradicar a pobreza nestes países'.
'Eu e outros economistas vimos dizendo que austeridade é uma questão de escolha. Há muitos anos, os governos sabem que há recursos em paraísos fiscais. Nós apenas quantificamos isso. Mas muitos governantes optam por não taxar estes recursos. Até porque eles próprios estão entre os que remetem para os paraísos fiscais'.
Fonte - R7.com Noticias 22/07/2012 

terça-feira, 10 de julho de 2012

Conforto nas estações da Super Via

Noticias Ferroviárias

10/07/2012 - O Dia Online
Um pacote de reformas que prevê a padronização das estações de trem começa a sair do papel neste mês. Quintino, Cascadura e Piedade serão as primeiras a receber as obras, que vão da cobertura de toda a plataforma até a instalação de escadas rolantes e elevadores. Até 2020, garante a SuperVia, as 99 paradas serão reformadas.
Todas as estações terão piso tátil para auxiliar na locomoção de deficientes visuais, banheiros e novas bilheterias. As plataformas serão 100% cobertas e alargadas para diminuir o vão até o trem. Já a estação de Madureira, por onde passam 30 mil pessoas diariamente, promete virar uma nova Central do Brasil.
A cobertura da plataforma de quase 400 m unirá os dois acessos à estação, um perto do Viaduto Negrão de Lima e outro em frente à R. Domingos Lopes. Sobre ela, será criado um calçadão suspenso, com quiosques. A adaptação levará um ano e meio. Só falta a liberação da prefeitura.
“Vamos construir mezanino para abrigar os quiosques e deixar mais espaço para passageiros circularem”, explica o diretor de operações da SuperVia, João Gouveia.
Mais assentos, trens gelados e plataforma ampliada
Passageiros do Ramal Belford Roxo devem ter mais conforto e agilidade, mas vão ter que esperar. Os trens que circulam lá vão poder transportar 35% passageiros a mais. A partir do ano que vem, as viagens serão em composições de oito carros, com espaço para levar dois mil usuários. Atualmente, nesse ramal, só circulam as de seis vagões.
Quatro estações da linha — Triagem, Vila Rosali, Del Castilho e Jacarezinho — passarão por reformas nos próximos meses para estender a plataforma, que só tem capacidade para trens pequenos. Até 2014, todos os trens do Ramal Belford Roxo terão ar condicionado.
Fonte - Revista Ferroviária 10/07/2012