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sábado, 19 de julho de 2014

MH-17: um "atentado" suspeito demais

Política

Por Paul Craig Roberts,
No Outras Palavras

As sanções unilaterais impostas pelos EUA e anunciadas por Obama em 16/7, bloqueando o acesso a financiamentos bancários de empresas russas de armas e energia, comprovam a impotência de Washington. O resto do mundo, incluindo duas das maiores associações comerciais dos EUA, já deram as costas ao presidente. A Câmara de Comércio dos EUA e a Associação Nacional de Fabricantes [orig. National Association of Manufacturers] fizeram publicar anúncios e emitiram opiniões nas páginas do New York Times, Wall Street Journal e Washington Post protestando contra as sanções inventadas pelos EUA. A Associação Nacional de Fabricantes disse que “estamos desapontados com os EUA, por ampliarem sanções unilaterais de modo que muito prejudica a posição comercial norte-americana no mundo.” A Agência Bloomberg noticia que “reunidos em Bruxelas, líderes da União Europeia recusaram-se a acompanhar as medidas impostas pelos EUA.” Na tentativa de isolar a Rússia, o insano habitante da Casa Branca isolou Washington. As sanções não terão efeito sobre empresas russas. As empresas russas podem obter mais financiamentos do que carecem, de bancos chineses, franceses e alemães. Os três traços que definem a cidade de Washington – arrogância, soberba e corrupção –, também emburrecem a capital norte-americana e a fazem incapaz de aprender. Gente arrogante, tomada de soberba, nunca aprende. Quando encontram resistência, respondem com propinas, ameaças e coerção. A diplomacia exige capacidade razoável para aprender com os erros — os próprios e os dos outros; mas já há anos Washington esqueceu a diplomacia. Washington só conhece a força bruta. Consequentemente, os EUA, com as sanções, só são capazes de solapar o próprio poder e a própria influência. As sanções só têm estimulado os países a se afastarem do sistema de pagamentos em dólares, que é o fundamento do poder norte-americano. Christian Noyer, presidente do Banco da França e membro do Conselho de Administração do Banco Central Europeu, disse que as sanções de Washington estão afastando as empresas e os países do sistema de pagamentos em dólares. A soma gigantesca de dinheiro que os EUA assaltaram, sob a forma de “multa” aplicada ao banco francês BNP Paribas, por manter transações com países que os EUA “desaprovam”, mostra bem claramente os graves riscos que ameaçam todos os que ainda insistam em negociar em dólares, quando os EUA ditam as regras que bem entendam. O ataque dos EUA contra o banco francês serviu para que muitos recordassem as numerosas sanções passadas e se pusessem em alerta contra sanções futuras, como as que ameaçam o banco Commerzbank da Alemanha. Já é inevitável um movimento para diversificar as moedas usadas no comércio internacional. Como Noyer destacou, o comércio entre a Europa e a China não precisa do dólar e pode ser integralmente pago em euros ou renminbi. O fato de os EUA imporem regras só deles a todas as transações denominadas em dólares, em todo o mundo, está acelerando o movimento de países que se afastam do sistema de pagamento na moeda norte-americana. Alguns países já criaram acordos bilaterais com seus parceiros comerciais, para que os pagamentos se façam nas respectivas moedas próprias. Os países BRICS já estão estabelecendo novos métodos de pagamento, independentes do dólar, e estão criando seu próprio fundo monetário, para financiar seus negócios. O valor do dólar dos EUA como moeda de troca depende de seu papel no sistema internacional de pagamentos. Se esse papel vai desaparecendo, também começa a sumir a demanda por dólar e o valor de troca do dólar. A inflação entrará na economia dos EUA via preços de importações, e os norte-americanos, já tão pressionados, verão cair ainda mais os seus padrões de vida. No século 21, a cada dia menos gente confia nos EUA. As mentiras de Washington, como “armas de destruição em massa” no Iraque (que nunca existiram); “armas químicas usadas por Assad” (que jamais as usou); e “armas atômicas do Irã” (que absolutamente não existem) já são tratadas como absolutas mentiras por outros governos. São mentiras e mais mentiras, que os EUA usam para destruir países e ameaçar outros países com destruição, para manter o mundo em eterno sobressalto. Washington nada tem a oferecer ao mundo, que consiga acalmar o sobressalto e a aflição que os EUA distribuem pelo planeta. Ser nação amiga de Washington implica aceitar todas as suas chantagens. E muitos já começam a concluir que a amizade de não compensa o preço altíssimo que custa. O escândalo da espionagem universal pela Agência de Segurança Nacional dos EUA contra o mundo, e a recusa dos EUA a se desculparem e desistirem da prática reiterada daqueles atos aprofundaram ainda mais a desconfiança, que já se vê hoje até entre os próprios aliados dos EUA. Pesquisas, em todo o planeta, mostram que outros países veem os EUA como a maior ameaça à paz. Nem o próprio povo norte-americano confia no governo dos EUA. Pesquisas mostram que ampla maioria de norte-americanos entendem que os políticos, a imprensa empresarial prostituída [orig. presstitute media] e grupos de interesses privados, como Wall Street e o complexo militar/de segurança, violentam todo o sistema para servir seus próprios interesses, às custas do povo dos EUA. O império de Washington está começando a rachar, circunstância que provoca ação desesperada. Hoje, (17/7, 5ª-feira), ouvi notícias na National Public Radio sobre um avião de passageiros malaio que caiu em território da Ucrânia. A notícia era verdadeira. Mas foi apresentada em tom de fazer crer que teria havido alguma espécie de complô urdido pela Rússia e “separatistas” ucranianos. Na BBC, mais e mais opiniões enviesadas, cada vez mais enviesadas. Até que matéria sobre as “mídias sociais” “noticiava” que o avião teria sido derrubado por um sistema russo de armas antiaéreas. Nenhum dos “especialistas” ouvidos sequer se preocupava com o que os “separatistas” teriam a ganhar com derrubar um avião de passageiros. Nada disso. Elas já haviam decidido que a Rússia “é culpada”, o que “evidentemente” “obriga(ria)” a União Europeia a apoiar sanções ainda mais duras contra a Moscou A BBC acompanhava o script dos EUA e “noticiava” o que Washington queria ver nas manchetes! A operação tem, isso sim, todos os indícios de ter sido concebida em Washington. Todos os promotores oficiais de guerras rapidamente apareceram em todos os canais de televisão e em todas as manchetes. O vice-presidente dos EUA Joe Biden declarou que “a aeronave foi explodida em voo”. Que “não foi acidente”. Ora! Por que alguém teria tanta certeza, antes de qualquer confirmação oficial? Visivelmente, Biden não procurava culpar o governo ucraniano. Claro que quem abateu a aeronave em “pleno voo” foi… a Rússia! É o modo como Washington opera: grita “culpado!” tantas e tantas vezes, até que já ninguém se lembre de exigir provas. O senador John McCain pôs-se imediatamente a “declarar” que havia cidadãos norte-americanos no avião, o que bastava para ele “exigir” ações punitivas contra a Rússia (tudo isso antes de alguém conhecer a lista de passageiros do avião e as causas da queda). As “investigações” estão sendo feitas pelo regime de Kiev, fantoche de Washington. Acho que já se poderia escrever a conclusão hoje, sem investigar coisa alguma. É alta a probabilidade de que apareçam provas fabricadas, como as provas fabricadas que o secretário de Estado Colin Powell dos EUA apresentou à ONU, para “provar” a existência das inexistentes “armas de destruição em massa” iraquianas. Washington safa-se há tanto tempo, com tantas mentiras, golpes, encenações e crimes, que já se convenceu de que se safará sempre. No momento em que escrevo, não há ainda informação confiável sobre o avião, mas a velha pergunta dos romanos vale sempre: cui bono? Quem se beneficia? Os “separatistas” nada têm a ganhar com derrubar um avião de passageiros, mas Washington, sim, tinha “bom” motivo: culpar a Rússia. E bem poderia ter também um segundo motivo. Dentre os muitos rumores, há um rumor que diz que o avião presidencial do presidente Vladimir Putin voava rota semelhante à do avião malaio, com diferença de 37 minutos entre um e outro avião. Esse rumor disparou especulações de que Washington teria decidido livrar-se de Putin, mas errou o alvo: tomou o avião malaio pelo jato presidencial russo. O site Russia Today (RT) noticia que os dois aviões teriam aparência semelhante. Antes de começarem a “explicar” que Washington seria sofisticada demais para ‘errar’ de avião, lembro que quando os EUA derrubaram avião iraniano no espaço aéreo do Irã, a Marinha dos EUA “explicou” que “pensara” que os 290 civis assassinados naquele atentado estivessem num jato iraniano, um F-14 Tomcat, jato de combate fabricado pelos EUA, e muito usado também pela Marinha dos EUA. Ora! Se a Marinha norte-americana não consegue distinguir nem entre um jato de combate que usa todos os dias, e um avião de passageiros iraniano… é claro que os EUA podem se atrapalhar e confundir dois aviões de passageiros que, como diz RT são, sim, até que “parecidos”. Durante toda a matéria da BBC, publicada para inventar a culpa da Rússia, nenhum “especialista” lembrou-se do avião iraniano de passageiros que os EUA “abateram em pleno voo”. Ninguém “exigiu” sanções contra os EUA. Seja qual for o desfecho do incidente com o avião malaio, os fatos indicam um perigo na política soft de Putin contra a intervenção armada e violentíssima dos EUA na Ucrânia. A decisão de Putin, de responder com diplomacia, não com recursos militares, às provocações de Washington na Ucrânia, deu vantagem inicial ao governante russo – como se comprova na reação da UE e de associações de empresários norte-americanos contra as sanções de Obama. Contudo, ao não impor fim imediato, por meios militares, ao conflito que Washington patrocina e comanda na Ucrânia, Putin deixou a porta aberta para os crimes e complôs que Washington está maquinando — e que são especialidade dos EUA. Se Putin tivesse aceitado o pedido dos antigos territórios russos do leste e sul da Ucrânia, para se reincorporarem à Rússia, o imbróglio ucraniano teria acabado já há meses; e a Rússia não estaria exposta a tantos riscos. Putin não colheu o benefício de ter-se recusado a enviar soldados para os antigos territórios russos: a posição oficial” de Washington é que há soldados russos operando na Ucrânia. Quando os fatos não ajudam a “confirmar” o que mais interessa à agenda de Washington, “dá-se um jeitinho” nos fatos. A imprensa empresarial norte-americana culpa Putin; já decidiram que o presidente russo é autor de toda a violência na Ucrânia. É coisa inventada na cabeça de Washington, mas “virou fato” nos jornais e televisões: é o que basta como justificativa para qualquer sanção. Dado que não há prática ou ato, por sujos que sejam, que Washington não abrace, Putin e a Rússia estão expostos a alto risco de se tornarem vítima de atentados graves ou dos golpes mais abjetos. A Rússia parece hipnotizada pelo Ocidente, sob forte motivação para ser incluída como parte. Esse anseio por ser aceita trabalha a favor da agenda e dos golpes de Washington. A Rússia não precisa do Ocidente; a Europa, sim, precisa da Rússia. Opção interessante para a Rússia é cuidar de seus interesses e esperar que a Europa a procure, interessada. O governo russo não deve esquecer que a atitude de Washington em relação à Rússia é modelada pela “Doutrina Wolfowitz”, que diz: “Nosso primeiro objetivo é impedir a re-emergência de um novo rival, seja no território da ex-União Soviética ou em qualquer ponto, que represente ameaça da ordem que exerceu, antes, a União Soviética. Essa é a consideração dominante que subjaz à nova estratégia regional de defesa, e exige que trabalhemos para impedir que qualquer potência se imponha, numa região cujos recursos, sob controle consolidado, bastarão para gerar poder global.”
* Tradução de Vila Vudu.
Fonte -  Blog do Miro  19/07/2014

segunda-feira, 12 de maio de 2014

EUA SE PREPARAM PARA ESMAGAR OS BRICS

O mundo

Bases da OTAN cercando a Rússia e a China
(Clique na imagem para aumentar)
Nos últimos anos de mandato, Obama se prepara para esmagar o grupo BRICS
Por Wayne Madsen, da "Strategic Culture Foundation" (EUA), com o título original “Obama prepares to smash BRICS during his last few years in office”. Artigo traduzido por "mberublue" e postado no "Redecastorphoto"





Wayne Madsen
"A acumulação de forças aéreas e terrestres pela OTAN ao longo da fronteira russa no leste europeu e a viagem de poder e influência do presidente Barack Obama à Ásia tem um único objetivo. As forças visíveis e invisíveis que comandam de fato e ditam a política aos fantoches em Washington, Londres, Paris, Bruxelas, Berlim e outras capitais vassalas decidiram esmagar o grupo BRICS – o emergente e poderoso bloco financeiro que engloba Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
As discussões bilaterais e multilaterais entre os cinco poderes econômicos emergentes, destinadas a dissociar as economias BRICS do dólar americano como moeda de reserva e comércio vão de encontro ao único poder que Washington pode reunir a favor tanto de si mesmo quanto de seus naufragantes aliados – a força militar.Os problemas entre Ucrânia e Rússia sobre Crimeia e federalismo são apenas uma máscara da qual Obama se serve para disfarçar suas verdadeiras intenções, que são a pulverização do grupo BRICS como uma alternativa viável para o sistema neocolonialista do ocidente e a total submissão das economias BRICS aos caprichos de Washington e de seus cambaleantes vassalos da União Européia.
O G8, que suspendeu a Rússia de seu quadro de membros, e a "Organização Mundial do Comércio" [OMC], da qual a Rússia atualmente é membro, nunca tiveram interesse em livre comércio e políticas econômicas comuns. Pelo contrário, sempre engendraram trapaças nas salas dos fundos, com banqueiros e membros da Comissão Trilateral (Troika) e Bilderberg Group [1] que sempre quiseram e pensaram a dominação do mundo por uma única superpotência. Desde o colapso do Império Britânico depois do fim da Segunda Grande Guerra Mundial, essa superpotência tem sido os Estados Unidos.

O grupo BRICS está se livrando de sua dependência em relação ao dólar como moeda de comércio e reserva, mas não se trata apenas disso: essa atitude torna o dólar americano, já inútil devido às práticas de manipulação financeira do "Federal Reserve Bank" dos Estados Unidos ainda mais fraco, dado que a Rússia e China estão negociando e fazendo reservas em suas próprias moedas, respectivamente o rublo e o Yuan. Fazem planos para futuramente tornar realidade a embrionária "União Econômica da Eurásia", um contraponto à superdimensionada e corrupta União Europeia, para adotar, por volta de 2025, uma unidade monetária, que se chamará “altyn” independente do dólar e do euro. Tais planos deixaram banqueiros e globalistas do ocidente extremamente nervosos e o resultado foi vermos o aumento das forças militares dos Estados Unidos e do Ocidente nas fronteiras russas na Europa e nas águas territoriais da China no extremo oriente.
Os neoconservadores que dominam o aparato político em Washington, Bruxelas, Londres, Paris e Berlim, elaboraram um método arriscado para provocar a queda do grupo BRICS. O que o serviço de inteligência dos Estados Unidos e seus pares ocidentais planejam contra o grupo BRICS é exatamente a mesma coisa da qual acusam a Rússia de fazer na Ucrânia: o financiamento de grupos separatistas com a intenção de desintegrar a unidade nacional das nações BRICS. No que concerne às agências de inteligência, o grupo BRICS tem duas escolhas: continuar empenhado na incrementação do coletivo como alternativa à dominação ocidental e ver a possibilidade de dissolução de suas nações ou jogar a toalha e render-se às imposições da CIA, aos centuriões de Wall Street e aos juniores das “parceiras” em Londres, Paris e Berlim.
Ao mesmo tempo em que o G7 e a União Europeia apertam cada vez mais as sanções impostas à Rússia, volta-se a falar sobre o status do enclave báltico da Rússia em Kaliningrado, uma zona de economia especial da Rússia, encravada entre duas nações da OTAN, Polônia e Lituânia. Kaliningrado, que já fez parte da província germânica da Prússia Oriental, é a sede da frota russa do Báltico. Na Alemanha e na OTAN, há elementos que gostariam de ver a Rússia não apenas perder seu Quartel General da frota do Mar Negro na Crimeia como da sua frota do Mar Báltico em Kaliningrado.
"The Baltic Times", que segue a linha de pensamento da "Rádio Europa Livre/Rádio Liberdade /George Soros/CIA", já publicou um artigo onde sugere o bloqueio de Kaliningrado pela OTAN, ou Konigsberg (antigo nome de Kaliningrado quando do domínio da Prússia Oriental) como é cada vez mais chamado pela propaganda ocidental midiática, a menos que a Rússia se retire da Crimeia. Em 28 de abril, foi publicado o seguinte texto no web site do jornal "The Baltic Times":
Por que não bloquear Kaliningrado pelo Mar Báltico e assentar tropas em toda a sua fronteira? Isso retiraria Kaliningrado da esfera russa, dando à OTAN uma forte carta a ser jogada na demanda do retorno da Crimeia à Ucrânia e deteria todos os esforços da Rússia para a invasão do leste do país.
Enclave da Russia de Kaliningrado entre a Polônia e a Lituânia
 (clique na imagemm para aumentar)
A "Al Jazeera", rede de “notícias” dominada pelo principado da aristocracia do Qatar, insinuou a noção de que o ocidente poderia tentar a reintegração de Kaliningrado à Alemanha, pela simples invalidação dos termos do Tratado de Potsdam que, em 1945, foi assinado pelos líderes da URSS, dos Estados Unidos e da Grã Bretanha.
Kaliningrado não é a única porção da Rússia para a qual o imperialismo da OTAN e seus companheiros de aventuras, países como a Finlândia e a Turquia lançam olhares cobiçosos. Os finlandeses estão de olho na Karelia (região fronteiriça entre Rússia e Finlândia), perdida para a URSS depois que a Finlândia se aliou aos nazistas alemães na Segunda Grande Guerra. Os nacionalistas da Pan-Turquia estão atentos ao que acontece nas repúblicas muçulmanas autônomas no Cáucaso, assim como ao interior de repúblicas como o Tartaristão e Bascortostão. Não há nenhuma dúvida de que, há longo tempo, a Turquia provê armas e outros tipos de apoio aos chechenos, daguestãos, inguches e outros grupos terroristas em ação na região do Cáucaso russo.
Entretanto, na Ásia, não se trata de coincidência que a dança da guerra de Obama através do Japão, Coreia do Sul, Filipinas e Malásia tenha se associado a mais um ataque terrorista dos fundamentalistas uigures na "Região Autônoma de Xinjiang-Uigur", território chinês de maioria muçulmana. Os terroristas uigures, que recebem financiamento da CIA e apoio propagandístico através do "Serviço Uigur da Rádio Ásia Livre", esfaquearam passageiros de trens numa estação da Capital da região de Urumqi. Os terroristas explodiram uma bomba entre a estação de trens e um ponto de ônibus, matando três e ferindo pelo menos 80 pessoas. Em março, um atentado similar numa estação ferroviária na província de Yunam, no sul da China, matou 29. O ataque de Urumqi seguiu-se a poucas horas da visita do presidente Xi Jinping à região de Xinjiang.
Presidente Xi Jinping em sua visita a província
de Xinjiang em 3/5/2014 
Não há dúvida que a CIA, e Obama, que para a agência de inteligência é um mero fantoche, assim como sua mãe, seu padrasto e seus avós maternos, está executando um esquema prévio para brecar os membros do grupo BRICS através do apoio a separatistas e irredentistas em cada estado membro dos países BRICS.
A Índia, com a multiplicidade de seus grupos étnicos, línguas e religiões, talvez seja hoje o alvo favorito para as operações da CIA de apoio a secessionistas. As operações da CIA se concentram nos Sikhs do Punjab, muçulmanos na Cashemira e Tâmeis no Sul.
[Na África do Sul,] o "Partido do Cabo", um sombrio novo partido ao qual não se sabe quem financia, exige que a província sul africana de Western Cape (Cabo Ocidental, província situada no extremo sul da áfrica do Sul) se torne a República do Cabo. O partido já peticionou às Nações Unidas para que declare a província como um território sem governo autônomo da África do Sul, passível de eleições para a independência. Caso o Serviço de Inteligência da África do Sul rastreie o financiamento do partido, identificará de maneira clara as impressões digitais da CIA.
Depois que as relações entre o Brasil e Estados Unidos azedaram em consequência das revelações da espionagem efetuada pela NSA sobre a Presidenta Dilma Rousseff e altos funcionários brasileiros, houve novos incentivos para a independência de três estados do sul do Brasil: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná tornar-se-iam a “República dos Pampas”. O movimento separatista ganhou popularidade entre europeus brancos nos três estados nos idos de 1990, particularmente entre descendentes de alemães e judeus com idéias antirracistas, mas feneceu depois que lideranças realmente oposicionistas assumiram o poder no Brasil [a partir de 2003].
Espionagem dos EUA sobre o Brasil e até
contra a presidenta Dilma Rousseff 
No entanto, com as relações entre Brasil e Estados Unidos no seu ponto historicamente mais baixo e com a hostilidade manifesta dos EUA contra o grupo BRICS, os secessionistas reapareceram com novo ímpeto.
Ao tentar esmagar o grupo BRICS, Washington e seus lacaios estão brincando com fogo. Tendo em mente que China, Rússia e Índia são potências nucleares, e com o Brasil emergindo de forma poderosa, o ocidente está brincando de roleta russa com uma arma cujo gatilho é nuclear."

Nota do tradutor:
[1] Grupo não oficial que se reúne anualmente, composto de 130 convidados, geralmente grandes personalidades empresariais, acadêmicas, políticas ou midiáticas. Criticado por ser aético, elitista e por práticas antidemocráticas.
FONTE: escrito por Wayne Madsen, da "Strategic Culture Foundation" (EUA), com o título original “Obama prepares to smash BRICS during his last few years in office”. Artigo traduzido por "mberublue" e postado por Castor Filho em seu blog "Redecastorphoto" (http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2014/05/nos-ultimos-anos-de-mandato-obama-se.html).
O autor do artigo, Wayne Madsen, é jornalista investigativo, autor e colunista. Tem cerca de vinte anos de experiência em questões de segurança. Como oficial da ativa, projetou um dos primeiros programas de segurança de computadores para a Marinha dos EUA. Tem sido comentarista frequente da política de segurança nacional na "Fox News" e também nas redes ABC, NBC, CBS, PBS, CNN, BBC, Al Jazeera, Strategic Culture e MS-NBC. Foi convidado a depor como testemunha perante a Câmara dos Deputados dos EUA, o Tribunal Penal da ONU para Ruanda, e num painel de investigação de terrorismo do governo francês. É membro da "Sociedade de Jornalistas Profissionais" (SPJ) e do "National Press Club". Reside em Washington, DC.
Postado por Política
Fonte - Democracia e Política  09/05/20143