quarta-feira, 12 de outubro de 2011

PONHA A SUA MARCA NA LUTA DO POVO BRASILEIRO

John Kleber Leite Pena

Há mais de 10 anos venho tentado chamar a atenção para a necessidade de melhoria das condições de trabalho para diversos e amplos setores da população formados sobretudo por pequenos produtores rurais, produtores de alimentos artesanais e pequenos comerciantes, principalmente aqueles estabelecidos em Mercados Municipais, Feiras Livres e de Artesanato, como também todos que fazem parte da chamada economia informal. Estes setores por falta do desenvolvimento de lideranças próprias aumentaram a sua fragilidade e se tornaram totalmente dependentes de um sistema de regulamentações que tem se mostrado, ao longo do tempo, cada vez mais perverso e atrelado aos interesses do grande capital. Tudo isso fruto de uma política que deixa de considerar o elemento humano na cadeia produtiva, observando apenas as normas fundadas em falsas premissas e afastadas das verdadeiras necessidades do povo. O grande exemplo disso e símbolo da nossa luta é o QUEIJO MINAS ARTESANAL onde o maior inimigo dos produtores é o próprio Estado que foi transformado em um verdadeiro “testa de ferro” de grandes laticínios e multinacionais do setor alimentício. A Constituição Federal garante a todos os cidadãos o livre exercício de uma atividade lícita. Mais do que uma garantia legal, o trabalho é uma exigência da cidadania e do direito que todo ser humano possui de garantir o sustento de sua família com o suor de seu rosto, com honradez, decência e orgulho. Entretanto, por causa dessas normas afastadas da realidade, a manutenção de parte importante de nossa cultura e economia encontra-se em grave risco de deixar de existir. Mais grave: a sobrevivência de milhares de famílias envolvidas nessas diversas cadeias tão produtivas sofre ameaça palpável, diária, incomensurável. É urgente que nos demos conta de que a consciência política se faz necessária e que deve ser expressa através de uma luta organizada, planejada e com perspectivas de continuidade no futuro. São as condições de vida do nosso povo, da classe trabalhadora e dos pequenos produtores e comerciantes, ou seja, da maioria das famílias brasileiras, que nos preocupam e não os lucros das grandes empresas. Nas últimas décadas muitos setores se organizaram e conseguiram vitórias históricas. Basta apenas observar a presença constante de líderes sindicais, estudantis e de “sem terras” junto às estruturas de poder em todos os níveis: municipal, estadual e federal; chegamos inclusive a eleger um líder sindical como Presidente da República. Se antes reivindicações de sindicalistas, manifestações estudantis e invasões de terras eram tratadas com os cassetetes das tropas de choque, hoje são outros os setores que são lançados a margem pelas “nossas” leis e tratados como “casos de polícia”. É chegada a hora de iniciarmos uma grande caminhada rumo a conquista dos direitos que nos tem sido negados ao longo da história brasileira. Muitos foram os candidatos que ajudamos a eleger e que depois se esqueceram das suas promessas, ou simplesmente não compreenderam a importância, urgência e gravidade de nossas reivindicações. Em 2012, enquanto preparamos o futuro, vamos buscar eleger representantes com a ficha limpa, mas antes firmar com eles compromissos para, numa ação coordenada entre Câmaras Municipais, Assembléias Legislativas, Câmara dos Deputados e Senado Federal, sermos verdadeiramente representados em todas as ações que urgentemente se fazem necessárias. Estaremos iniciando assim um novo e decisivo momento na vida de milhões de brasileiros. Que esse novo tempo, apesar do perigos, não seja mais uma história mal contada. Que seja sim, esta, a verdadeira hora de todo o povo brasileiro.
John Kleber Pena - por email -12/10/2011

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